segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

APENAS UM SONETO

LEGENDA

19-12-09.

Quero ser terno e puro no poema,

e ter a linha reta. Curva zero.

Busco o simples no texto, o mais severo,

de modo que semelhe o alvor da gema.

Esta mão seja leve e eu não tema

no instante de compor o que bem quero,

à hora de trinar igual ao mero,

ou de acender a luz, marcar o trema.

Que mais desejo eu? Chegando ao fim,

quero, soltas aos ventos minhas cinzas,

voltar à eternidade de onde vim...

Tudo esquecido seja. Meu labor,

bem feitos e mal feitos, tudo cinzas,

Fique a legenda: – "a fé e a paz, o amor"!

APENAS UM SONETO.

07-01- 010

Eu quero um mar de rosas no teu colo

Vermelhas, brancas, rosas, multicor.

Risos e festas para o nosso amor,

Você Diana, eu amoroso Apolo.

Acácias no jardim, música em solo.

O simples voejar do beija flor.

Luz, sempre mais luz, mais luz... Calor!

Eu, cabeça pousada no teu colo...

Nós dois, você menina, eu infante,

A vida um riso. E sempre mais galante,

Aponto a estrela – Há de enfeitar teu leito.

- Não meu, mas nosso, dizes, rico enfeite...

O tempo foi-se, e, para teu deleite,

Não pude a estrela... Apenas um soneto...

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