impressões que sua mãe, sua avó, sua irmã maior. Gostava de imaginar a
vida em quadros milimetricamente distribuidos. Frações de espaço e de
tempo onde fantasiava e criava o que nos dias lhe faltava.
Por vezes, ficava apenas a olhar. A pouca idade lhe ensinara as
flores, mas era com dores que havia aprendido a brincar. No botão dos
seus treze anos, carregava a saudade do pai e a verdade do mundo.
Perdera, aos cinco e pouco, a referência e a credulidade. Vivia de
esperanças montadas e rastros, pequenas pistas deixadas entre a
memória e o coração.
Marjorie Bier - redatora publicitária, cronista cultural do jornal TRI
Notícias de Ijuí, contista da revista TRI, blogueira inveterada
http://marjoriebier.wordpress.com/
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